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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Além da estrada eu vou te encontrar




E além da estrada eu vou seguindo
Por caminhos e destinos desconhecidos
Apenas mato, poeira e cheiro de solidão
Não há mais nada, vida, voz, sentido, calor no coração
Tudo está frio, o sol se pôs há vários meses, a escuridão tomou conta
O que era vida, se tornou morte, o que era alegria, tristeza
E assim vou sobrevivendo e vivendo meus dias
Em noites mortas e frias
Vejo ao longe nuvens de tempestade e raios clareando um tenebroso céu
Mas agora nada temo, não há mais sentido para mim
Que a chuva lave a minha alma
Que eu seja prisioneiro no lugar
Onde estão trancafiados meus mais profundos pensamentos
Os desejos que nunca pude realizar
A mais pura paixão que não pude vivenciar
E aqui estou, seguindo estradas sem rumo
Como queria que estivesse comigo...
Mas já me acostumei com essa dor, forjada em minhas estruturas
E sei que você queria estar aqui para me aliviar dessa tortura
Lutar juntos contra esse apocalipse
Embora eu saiba que isso não terá fim, isso não tem fim, sem fim
E já me habituei a viver assim...
Sem você, sem o seu amor, sem o seu carinho que nunca mais vou poder sentir
Sem o seu beijo
Sem o seu calor para me aquecer nessa noite chuvosa e fria
Você se foi antes de mim
E pensando em você vou andando entre os escombros de uma cidade adormecida
Cidade essa onde vim te buscar, te trazer de volta as minhas lembranças
Mas agora nada resta, apenas pensamentos antigos
Que ainda infestam minha mente
E além da estrada eu vou seguindo
Por caminhos e destinos desconhecidos
Até o dia de voltar a te encontrar...

                                                                               

Um comentário:

  1. Muito bonito seu poema,muito apaixonado,é bom demais amar assim.Lute por ela, não se deixe vencer.

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